
Felizmente, o Natal é uma festa pagã que a igreja tentou absorver. Não me tirarão o direito de o adorar, AH AH AH (tradução: riso maléfico). Boas festas!



É tão bom quando a infância nos visita.
É bom, mesmo com o aperto de nostalgia no estômago.
Era viciada no Panda Tao Tao (quando ainda não tinha idade para perceber que o panda é, afinal de contas, a Cláudia Cadima). A minha mãe gravava os episódios todos em VHS e eu via e revia, vezes sem conta, feliz que sei lá eu.
Confesso que posso ter contribuído desta forma para a loucura dos meus irmãos...foi um deles que me mandou o link para o genérico, com o discurso perturbado de quem ainda não supriu as mazelas inflingidas pelo doce Tao Tao, eh eh.
Agora, quando já começava a pensar que tudo não tinha passado de um delírio infantil (tentei por várias vezes recordar os meus desenhos animados favoritos com amigos que negavam veementemente a sua existência), ele volta à minha vida. E eu até já estou a fazer a colecção de DVDs...para ver e rever, vezes sem conta, e tentar voltar a ficar feliz que sei lá eu com a mesma facilidade desses tempos.
Porque teve na voz a luta do seu país, tão bem representada por Nelson Mandela. Porque teve ainda coração para abraçar lutas de outros, dos meus. Lutas que deviam ser de todos, da humanidade. Porque mulheres assim existem poucas, por dar verdadeiro sentido ao termo diva, pelos ritmos quentes e por te guardar no ouvido desde a infância. Por tudo isso e muito mais, aqui fica o meu adeus a ti 'Mamã África'.




Tenho para mim que você vai de patins!! Por isso quero agradecer-lhe a péssima prestação que, de maneira obtusa, me aqueceu o coração. Mando votos idênticos a Luís Filipe, Binya, o grande Makukula e coisas que tais!
Petiiiiiiiiiiit, se me estiveres a ouvir atenta bem no desespero do apelo - Sei que és bruto e barrascoso, mas estás aqui no meu coraçãozinho benfiquista e não te quero perdido pelas franças. Fica, fica, fica, fica, fica...(visualizar pés a bater no chão e uma voz chorosa e guinchada).


É que pior do que Portugal ter perdido com a Alemanha (o Schweinsteiger tem mesmo tromba de SS ou é impressão minha?), é ter passado pela provação de ver esse jogo completamente sozinha e abandonada. Foi inevitavelmente um daqueles momentos... toda a gente cheia de combinações, os gritos de desespero e alegria de grandes grupos reunidos nas casas vizinhas, e eu a pensar: «será que tenho menos amigos do que as outras pessoas?». Isso misturado com vários pensamentos do género «não há justiça neste mundo, estes sacanas mataram milhões de judeus», pois claro.Depois de muitas lágrimas de emoção e felicidade vertidas perante os três primeiros conselhos que nos deixou, Bruno Aleixo ergue-se das cinzas para oferecer mais três matrizes filosóficas inesquecíveis. E o universo nunca terá gratidão suficiente para retribuir a tamanha sabedoria!


Quando está mesmo MUITO frio. Ou quando uma grande tempestade me faz ficar sem luz e perder um episódio importantíssimo de uma das muitas importantíssimas séries da minha vida. Ainda quando uma chuvada valente e uns trovões barulhentos me fazem temer, estupidamente, ficar feita em papas. Nessas alturas até chego a achar que tenho um bocadinhoooooo de saudades do Verão. Mas só mesmo assim. Depois vem o Sol e faz-me espirrar, fica calor e não há forma de o meu corpinho se sentir confortável, além de ter de enfrentar sempre uma amigdalite nos primeiros dias, causada certamente pela revolta da minha alma perante a perspectiva de tantos meses de cheiro a suor em espaços públicos e noites mal dormidas por estar colada aos lençóis (sim, eu não tenho ar condicionado). Volta-me imediatamente à memória, com uma estranha clareza, o porquê de odiar o Verão. Que me perdoem os outros, que já andam na rua de chinelinho no pé e um evidente exagero na indumentária fresquinha, mas agora só me apetece hibernar até que seja Outono. Posso?
Sentia-me abandonada. Perdida. E depois chegou a mensagem. Sei que foi sem saber. Foi um impulso alheio ao ritmo dos meus batimentos cardíacos. Mas foi tão bom. Sabem elas que eu não acredito em forças do universo. Mas acredito nas nossas.