terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Fogo de Artifício

A história é simples. Chasquinho de neneno porque quando era pequena me diziam que eu era um frasquinho de veneno. Eu tinha a certeza que sim. Era eu sim. E dizia, com a língua enrolada das crianças, o meu nome: «chasquinho de neneno». Voltou-me tudo à memória quando dizia a um amigo mais paciente do que outros que hoje em dia, agora mesmo, não sei bem se sou o que queria ser. Porque nessa altura, quando era o chasquinho de neneno e usava como uma coroa um nome enrolado que me foi dado como uma crítica, tenho quase a certeza que era o que queria ser. Ou que sabia o que era. Aquilo mesmo. E acordava com a certeza absoluta de que merecia acordar a cada manhã com um estrondoso fogo de artifício.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ora, os meus parabéns pela iniciativa! Tá giro e até escreves bem! Gostei d"o amigo paciente". Beijos, e continuação de bom blog!
bruno