quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Agora 19h, depois 18h, depois 17h e etc.



Estou dormente. Como um rasgão na pele que sangra, arde, lateja e por fim existe mas já nem se sente. Cansado de doer. Rasgão ainda. Mas dormente. Porque doer cansa.

Mais um tic no ponteiro. E nada. Outro tic (devia ser um tac, mas não me apetece). E ainda nada. Tic. Nada. Tic. Nada. Tic. Nada. Um tac, concedo. Mas nada também. Não é solidão, ainda que seja. Não é desatino, ainda que pareça. Não é angústia, ainda que pudesse ser em absoluto. Ou em sinónimo. É apenas assim. Solidão, desatino, angústia.

Sonhei também que o meu relógio andava ao contrário*. Porque me confunde, o tempo. Rói-me. Irrita-me. Pesa-me. Amanhã talvez menos, quem sabe. Ou se seguisses no sentido contrário, só um instante (e o tempo de novo, mesmo quando me dirijo ao teu inverso). No sentido contrário e eu a puxar algumas pontas. Soltas. Ou presas em demasia. A resolver-te, a resolver-me. E tudo melhor agora se talvez ao contrário, só um instante.

Sei agora, mais do que nunca (porque nunca soube?), que é isto. E só. Eu a ouvir-me, em repeat e com eco. Eu a reunir-me e a desfragmentar-me, a desfragmentar-me e a reunir-me. Eu a desejar que seja de outra forma. Que a campainha toque (estará avariada?). Que não estejas tão longe. Nem tu. Que seja 'say you, say me' como na música pirosa. Mas é 'say me' apenas. Porque se o meu mundo desaba só eu o vejo cair e sou eu que lhe atiro cimento aos alicerces, mais uma vez. E se tic, nada, tic, nada, tic, nada, só eu a sentir assim. Aqui mesmo, como agora, sozinha.

*como em O Estranho Caso de Benjamin Button, filme que me deixou a garganta a arder, que é a minha forma obtusa de chorar

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Mariquinha...

Vem comigo pr'Angola

*Chasquinho com esperança que o local de trabalho se encha de kuduro e grandes jubas afro!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Caro dente

Se eu não tivesse espaço para nascer, não nascia, ok? Et voilá. Poupava a outrem uma dorzinha irritante e uma costura, de quatro lindos pontos, na gengiva. Sinto que na nossa relação faltou um bocadiiiiiiiiiiinho de boa vontade, não?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Trofa...


Essa bela localidade em que as línguas grandes se viram para dentro, como num valente ataque de epilepsia futebolística (vulgo 'que grande melão' ou 'é o que dá falar antes de tempo').

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

2008, este dedo aqui do meio é todinho para ti

Ainda que a interpretação tenha sido digna, uma 'figura de urso' transformou-se num 'aquecer o cu ao urso'...porque a ciência da mímica não é exacta. Sei que cantámos mais do que demasiadas vezes um glorioso dueto entre Mafalda Veiga e João Pedro Pais e um outro dos Anjos, o que me deixa desconfiada em relação à sanidade mental da minha Playstation...ainda assim cantámos, e fomos mais do que amadores. O champanhe ficou inteiro na garrafa (com excepção para o que se entornou) enquanto estávamos entretidos a criar novas coreografias para grandes êxitos da música de dança como Who let the dogs out ou 'numanumaié, numanumanumaié'...numa língua que não sei reproduzir. O fondue durou cerca de dois dias, culpa de umas meninas que não tomam bem o pulso aos quilos de carne, mas durou com estilo. Esteve frio, aquele frio seco e pesado de uma casa pouco habitada e isolada num interior alentejano, mas tínhamos lenha e lareira de chão...que nos agarrou à roupa um orgulhosos cheiro a acampamento cigano...e tínhamos sempre por perto amigos daqueles...esses mesmo, os melhores!

Foi bom chegar assim a 2009, aquele bom do tamanho das memórias que duram vida fora (ou vida dentro)...2008, you suck, e dei-te um bom pontapé na tromba antes de te deixar para trás porque foste uma real merda de ano.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

in memoriam


Vais-me fazer falta, com as tuas doces delícias. Terei saudades infinitas de te encontrar nos almoços, pequenas fugas da rotina para trocar confidências. Não esquecerei os finais de noite, quando a solidão de uma casa vazia me empurrava para a rua em busca do teu conforto. O teu cheiro...a pão quente! O teu sabor...a molho mexicano! A tua qualidade maior...as cookies! Oh Deus cruel, que me dá o Starbucks com uma mão e me tira o Subway com outra. Aqui, no Chasquinho, não se apagará a forte chama da tua memória.


*em som de fundo ouve-se «depois de ti mais nada, nem sol nem madrugada...», com o alto patrocínio de Tony Carreira

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ano novo...

cara nova.

Problemas geográficos de natal

O menino Jesus nasceu na Lapónia e o Pai Natal vive em Belém. Ou será que vivem juntos na Transilvânia e o Drácula não existe?